quarta-feira, 20 de julho de 2011

Manifesto Quebrapernalista Panexistencial


Quebra da Arte. A Arte da quebra.

Derrube tudo. Dar uma rasteira é a maior obra. Não deixe nada de pé!

Nada é real... desmanche a farsa! A verdade é uma mentira... Desminta!

Proponho uma Arte que não aceite. Nada!

A única certeza é que não há certeza sobre nada. Antes de falar, já não é... Antes de pensar, já não é... Antes de ser, já não é...

O que somos não é o que somos... O refugo de mitos institucionais, as ficções vomitadas que nos dizem o mundo, a bosta da civilização (sua essência): quebre!

Jogue das prateleiras da história e do pensamento todos os ícones, conceitos, coisas, instituições, formas, espaços, explicações... O que sobrar, atire pela janela do vazio!

Como uma criança, não deixe nada de pé, inteiro, incólume. Pedra sobre pedra.

Uma Arte da transformação, da mudança, da insurreição...

Instável. Desestabilize as bases, rache-as, trinque-as, sabote-as... um terremoto de imprecisões e impercepções. É preciso parar de acreditar: destroçar o que sustenta o espírito, a individualidade, o coletivo, o preciso. É preciso destruir a ordem que mantém o sistema.

Quebre as pernas! Fique sem chão, teto, três dimensões... pule no vazio.

Respire e sorva vazio. A solidez derreteu... a verdade ruiu... o castelo foi tomado pelos bárbaros. O império caiu. Caia! E leve tudo com você... Pedra, sobre pedra...

A existência dará lugar a não-existência: não há diferença entre vida e morte. Tudo é fluxo. Nunca para. Destrua o medo que segura a multidão (e você)... Destrua a perda que amarra as forças... Sem o medo da perda, o opressão não se sustenta.

Uma Arte para que ninguém aceite.

Faça, ao invés de aceitar o que fizeram para você...

Construa, ao invés de comprar pronto...

Não-Seja, antes que lhe digam o ser...

Lhe disseram que o mundo é este. Porra nenhuma... o mundo não existe ainda, espera pela quebra das macro ilusões, das intro ilusões, das pan ilusões...

Não acredite no ilusionista. Faça seus próprios truques... crie sua própria mágica, sua própria fantasia... sua própria essência ficcional...

Destrua a mentira que conecta: destrua a instituição “verdade”

Toda verdade é uma forma de dominação.

Puxe os fios, morda as amarras, dinamite as fundações... Só o que restará é o talo da planta, a seiva, a polpa...

Da humanidade, não deixe pedra sobre pedra...

O que chamamos de Humanidade é uma abstração hedionda baseada no esmagamento de nossos crânios por uma parcela minúscula da megapopulação de humanos.

Não existe Humanidade. Existe os que mandam e os que obedecem... DESOBEDEÇA.

Desobedeça a ordem e a autoridade dentro de você.

O autoritarismo e a desigualdade há dentro de você, nas concepções e conceitos que você tem de si e da existência. Quebre o abstrato substrato da defecação da qual nasceu. A hierarquia é um trono de mentira que espera ser queimado.

Balance as cadeiras sobre as quais repousam os mandatários: a partir de hoje, não falam mais nada. Não se fala mais nisso.

Por uma Arte que quebre...

Do pó, nasce a panexistência.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Te


Uma praça vazia...
Um caminhar sem chão...

O calor e o frio
Seguro tua mão
branca de pluma
Sai voando
o meu coração...
.
Uma folha de papel
rabiscada e azul
E burburinho tristonho
Do cálido
mar
O som do piano
marinho e salgado

Uma voz cantando
baixinho e molhado

Uma saudade de carinho
Uns desejos, bem-amar

O pé e a areia arrastando

as gotas de chuva e prazer

O vento gelado e feliz
A calma, a paz, a dor

A luz, a chama, o amor
...
.
Algo assim, sensações...
Mil cores de emoções
Uma canção em dois mundos

Dois tão bom e tão juntos...

.
Duas músicas - Te valorizo e Te mereço
- Tiê