segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Meias negras
Blusinha preta de alcinha, shorte curto, pernas negras em meias rasgadas, cabelo vasto como nebulosas de cachos, ombros suaves, ninhos de tempestades. Deixas cair uma alcinha, desnudando um ombro como quem joga açúcar nas chamas vivas tornando-as um brilho azul no meu desejo. Seguro tua mão, leve na minha, sinto a delicadeza e ao mesmo tempo potência dos teus dedos, da tua pele. Subo escalando teus braços, desbravando cada um dos teus pelinhos, tuas cicatrizes, sinais, marcas, sensíveis, linhas, formas, cores. Beijo-te e mordo-te os ombros, não resisto. Tua pele me grita, me exige dedicação, me demanda carinhos quase dolorosos tamanho tesão. Abraço-te, envolvendo tuas costas com minhas mãos. Estás sem sutiã. Teus seios duros encostam no meu peito, cortando-me. Roçam em mim enquanto começamos a dançar muito lentamente uma música silenciosa. Tua blusa começa a subir, e levantas os braços para deixá-la alçar voo. Teus mamilos ameaçadores apontam para mim como acusando-me de eriçá-los. Como gatas selvagens, eles rosnam e tremem em prontidão, chamando-me para a luta. Mas eu provoco. Escondo-me no teu pescoço, refugio-me nas tuas orelhas, mordiscando tua nuca até que teu corpo todo seja tomado de espasmos. E tuas unhas se cravem nas minhas costas, e tuas pernas pulem sobre minha cintura, apertando-me, e nossos corpos se pressionem contra a parede, e eu enfim me derrame sobre teus seios desesperados, desesperado. Tiro teu shorte e você se vira, apontando-me teu bumbum incendiário. Te penetro então suavemente, mas logo se torna impossível desacelerar, nossos gemidos tomam conta do corredor, nosso suor mancha as paredes, minhas mãos rasgam tuas meias negras, vislumbrando ante meus dedos tuas coxas grossas e deliciosas. Nos jogamos no chão, sobre as almofadas, e tu me dominas, envolvendo-me, sentada sobre meu desejo infinito. Danças, rebolas, enlouqueces, teu quadril quer partir-me ao meio, esmagar-me, mas pelo contrário, eleva-me, alça-me, faz-me delirar... te jogo contra o chão, abro tuas pernas e devoro então toda euforia que escorre por entre suas pernas, que escapam de tua buceta avermelhada de ousadia, de alegria, de folia. Te lambo, te chupo, te sugo, te bebo, minha língua brinca de descobrir como aumentar teus gemidos, o descontrole das tuas pernas e bunda que tremem nas minhas mãos. Concentro-me nos teus pontos mais frágeis, mais sensíveis, e sinto teu ser desmanchar-se na minha boca. Levanto-me novamente, seguro tuas pernas para o alto, cruzadas, teus dedos dos pés duros de tesão, e penetro novamente, arrancando os últimos suspiros, levando-te a uma febre feroz, transloucada. Tuas coxas e panturrilhas estão marcadas por minhas unhas, que romperam rasgos nas meias pretas. Nosso gozo explode numa tormenta, e jogo-me nos teus braços, beijando-te os seios, mordendo-te os lábios.
Quero-te mais. E novamente. Te viro com a bunda empinada para mim e recomeço...
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Cont´a(fe)tos
A vida flui...
E vamos fluindo com a vida, nos jogando, nos deixando, nos soltando, aceitando a vida que vem e que vai...
A vida nos traz flores do alto das montanhas, riacho abaixo, navegando pelas águas de degelo do inverno, e nós calmamente brincamos com as pétalas flutuantes, subimos nelas como embarcações mágicas, temos bons passeios, e sem nem percebermos, fomos deixados nas margens, para novas apreciações, outras passagens...
E assim segue...
Aprendendo a lidar com a chuva que cai e tão ligeira como veio, evapora...
Aprendendo a vivenciar cada um dos infinitos contatos que a vida nos proporciona, contatos inusitados, contatos surpreendentes, bonitos, mas ligeiros, frágeis, fugidios, que nos confundem, nos deixam tontos, como ao girarmos infinitamente e parando bruscamente.
Nem todo contato se tornará relação, nem todo afeto se aprofundará, nem toda semente dá, mas a gente se permitiu viver, se jogou na terra, se jogou no ar, se jogou no mar, e sai sempre mais, ainda que às vezes sem...
Blue Jeans - Lana Del Rey
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