O que é se comunicar? O que é se encontrar? O que é se entregar? O que é se deixar? O que é se umidecer? O que é se aquecer? O que é se desproteger? O que é não precisar se proteger? O que é se querer? O que é se ser? O que é entre-ser? O que é inter-comunicar? O que é ir além de si? O que é ser o outro? Ou o que é não ser nem eu, nem você, mas tudo?...
O que eu busco (em dois)? O que eu provoco (para dois)? O que eu construo (com dois)? Que caminho sigo (rumo a dois)? Pelo que vivo, escrevo que...
Um relacionamento que vivo quer entender-se, ser prazer, ser afeto, ser calor, ser aconchego, ser água, ser brisa, ser chama, ser folha, ser fruto, ser raiz, ser mar, ser sal, ser sol, ser ave... ser o que é...
é preciso que cada um, estando juntos, estaja cada vez mais consigo, e assim, esteja com o outro. Que entendendo-se, entendam-se, que conhecendo-se, conheçam-se, que amando-se, amem-se, que estejam lado a lado, nunca um sobre o outro... e que não se temam, que não se enclausurem em proteções tais como a arrogância e o autoengano, mas, ao contrario, abram-se um para o outro para que possam também ver a si mesmos claramente, de uma maneira que só nesta relação poderiam perceber-se. Porque sozinhos, não podemos ser realmente quem somos, apenas juntos é que nos revelamos profundamente, em toda nossa treva e toda nossa luz. E que não temamos nem o claro nem o escuro, porque são dimensões infinitas de nossa infinitudade. Não são o bem nem o mau, mas apenas a existência que existe. Aqui e Agora.
Uma música - Planes Like Vultures - Le Loup
Nenhum comentário:
Postar um comentário