Cansado. Emocionalmente cansado, espiritualmente cansado, fisicamnte frustado. Como se minha vontade de viver não encontrasse suficientes formas de queimar, de incendiar-me, para assim me refazer... como se minhas forças, que tanto gostaria derrarmar em ti, derretendo-me, destruindo-me em ti, fundindo-me, simplesmente ficassem retidas, contidas, presas, intocadas... como se não pudesse respirar, um sufocamento... A não sintonia de nossos desejos, a compreensão clara disto, derrotou-me. Não querer-me quase nunca é desolador... Sinto um aperto nas entranhas, uma sensação estúpida de que eu era um tolo querendo alguém que não queria... Putaqueparil, um idiota, incapaz de fazer querer, e tentando, gerar apenas afastamento... olhos distraidos olhando as paredes, corpo indiferente e um otário sozinho... E fica essa ânsia, de sexo e de vômito confundindo-se... estou com um buraco no estômago... Se continua o fogo sem combustível, agora há também um mal-estar... não, não é satisfatório... não basta... não é o suficiente... De que serve um espírito sem corpo? O que faço de meu corpo? Silenciado, frustrado, exausto por não conseguir exaurir-se plenamente, na medida de sua necessidade... Minhas emoções racham. Não tenho mais nervos para sustentar meu desequilíbrio... E quanto mais o tempo passa, pior fica. Parece um abismo... um abismo cujo fim nunca chega... por mais que queiramos, que caiamos, que busquemos seu fundo, seu fim pantanoso, não chega... não chega! Não quer chegar! Se aproximar-me não faz diferença, quero um pouco de nada... quero um pouco de morte, quero um pouco de gente...
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
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