Se porque amo, tanto e tão perdidamente, tola e
excessivamente, demasiada e abertamente, mordida e enamoradamente, doída e
dura-douramente, excitada e tesuda-mente, lasciva e lentamente, ávida e
carnivoramente,
Se porque busco e afirmo e assumo e vivo expansiva e totalmente para minha própria autonomia e para toda autonomia, transbordando-se umas nas outras, mas totalmente suas, inteiramente nossas, exclusivamente próprias, integralmente únicas, especialmente lúdicas, significativamente úmidas,
Se porque não reprimo nem represo, não contenho nem impeço, nem sou comedida nem tímida, não limito nem defino, não afirmo nem acredito, não aceito qualquer jaula-regra, cárcere-norma, cela-tradição, claustro-moral,
Se porque sou imperfeita e impossível, impermanente e transitória, vazia e crescente, errônea e errática, herética e erótica, profana e pervertida, iconoclasta e incendiária, rebelde e anárquica, doida e varrida, danada e doída, safada e vadia, fácil e fatídica,
Se porque busco cuidar - ao invés de carregar - de tudo e de todas, sem propriedade ou cerca, extrapolo a cada dia minhas bordas e minhas linhas, tensionando as fronteiras, empurrando mais para lá o amplo horizonte das belezas e das deusas, expandindo meus sentidos e meus sentires, meus desejos e meus beijos, meus quereres e queridas, minhas amoras e jabuceticabas,
Se porque rio, mar-co, cachos-eiras, corro-gos, se porque brinco, gargalho, me divirto, me realizo, me jogo na vida com suas-minhas feridas, me lanço em tudo que há – ainda que doa, e sempre doerá – de prazer, de sentir, de querer, de amar,
Se por tudo e por nada, se por vazio e por repleto, se por muito e por pouco, se por tanto e por quase...
Se por tudo isso, há quem me ache horrível...
Sim, sou, ó-rível, risível, rindo mais, sor-rindo por/de mim e por/de tudo
Por toda dor que amadureceu, por todo amor que se decompôs,
Se porque busco e afirmo e assumo e vivo expansiva e totalmente para minha própria autonomia e para toda autonomia, transbordando-se umas nas outras, mas totalmente suas, inteiramente nossas, exclusivamente próprias, integralmente únicas, especialmente lúdicas, significativamente úmidas,
Se porque não reprimo nem represo, não contenho nem impeço, nem sou comedida nem tímida, não limito nem defino, não afirmo nem acredito, não aceito qualquer jaula-regra, cárcere-norma, cela-tradição, claustro-moral,
Se porque sou imperfeita e impossível, impermanente e transitória, vazia e crescente, errônea e errática, herética e erótica, profana e pervertida, iconoclasta e incendiária, rebelde e anárquica, doida e varrida, danada e doída, safada e vadia, fácil e fatídica,
Se porque busco cuidar - ao invés de carregar - de tudo e de todas, sem propriedade ou cerca, extrapolo a cada dia minhas bordas e minhas linhas, tensionando as fronteiras, empurrando mais para lá o amplo horizonte das belezas e das deusas, expandindo meus sentidos e meus sentires, meus desejos e meus beijos, meus quereres e queridas, minhas amoras e jabuceticabas,
Se porque rio, mar-co, cachos-eiras, corro-gos, se porque brinco, gargalho, me divirto, me realizo, me jogo na vida com suas-minhas feridas, me lanço em tudo que há – ainda que doa, e sempre doerá – de prazer, de sentir, de querer, de amar,
Se por tudo e por nada, se por vazio e por repleto, se por muito e por pouco, se por tanto e por quase...
Se por tudo isso, há quem me ache horrível...
Sim, sou, ó-rível, risível, rindo mais, sor-rindo por/de mim e por/de tudo
Por toda dor que amadureceu, por todo amor que se decompôs,
Por toda perda que abriu novas asas, por toda queda
que impulsionou
Por todo ódio que curou, por toda lágrima que nutriu
Por toda tristeza que fortaleceu, por toda treva que
iluminou...
Se eu tivesse fé (Fuckin Shit) - Mundo Livre SA
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