Um amigo escreveu na minha parede, bem no alto daquele mural tão significativo de partilhas, num lugar que só ele, do alto de seu corpo longínquo, poderia escrever facilmente: Vou te amar até não poder mais. Nesse mês meio oco, de quase morte, que a raiz mais profunda do meu coração se agitou, indo embora, em que a conexão mais profunda que já vivi de repente, não mais que de repente, soltou minha mão e me acenou adeus, nesse mês em que não consigo, não posso aceitar que isso fosse acontecer, te perder pela terceira vez... me recordei desta frase.
Porque grita nos abismos do meu ser todos os seres e quereres em mim que você é a pessoa mais sagrada que já tive o milagre de encontrar - a energia, a gravidade, a epifania, a euforia mais doida e extasiante e profunda que eu já provei, mergulhei, cultivei, amei...
Porque jorra de dentro de cada partícula do meu inconsciente, subconsciente, consciente, pós-consciente, de que não tem cabimento isso, de que a gente tem tudo para se fazer feliz e se apoiar nos momentos tristes e cuidar e cultivar e fazer da vida uma da outra a poesia mais encantada de que já se teve notícia.
Porque os seus planos são graciosos para mim, conhecer o universo contigo, provar o precioso, confortar o espírito no maior carinho do mundo e meu plano é poder cuidar de ti, é cuidar do mundo para você poder viver melhor nele, é multiplicar beleza para podermos adoçar nossos olhos brilhantes e úmidos.
Porque nada faz sentido, nada vale a pena, se não puder compartilhar com a pessoa que mais amo na vida, no cosmo, na minha insignificância...
Porque eu não consigo, não quero, não posso desistir de você...
A praia - Cícero - ela fez melhorar tudo que há...
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