Dinamite. Fundações servem para se despedaçarem ao primeiro olhar. Primeiro não, algum, incerto, que não se sabe bem quando foi, mas que depois simplesmente mudou tudo. Não tem explicação, nem precisa de nenhuma. A cada olhar marca, mancha, desmancha... As emoções são como pólvora exposta a um céu de fogos de artifício... ou como gasolina derramando perto da fogueira... ou mata seca em dia de raios... E teus cabelos de noite me cegam, teu andar tangerina me desnorteia...
É pouco, é nada... mas é da inexistência que a arte cria, é da sede que pintamos o azul, do frio que cantamos o vermelho, da ausência que expressamos o preto e o lilás... o mundo é um resultado de nossas angústias, dos movimentos desgovernados de dentro, que se transmutam em belezas e horrores além de nós...
Levo-me em correntezas que pensei terem adormecido, mas não. Acordadas, voltam a encharcar o chão, a sala, o corredor, o teto, a varanda e o resto...
Pura diversão! Pura diversão! Sentimos, no fundo, o que queremos sentir... queremos, realmente... cada gota, cada veneno, cada bálsamo... cada aperto, cada desejo, é nossa vontade que segue sem pensar duas vezes... E ouço nos cinco sentidos as canções que me apertam por estar demasiado disperso em mim e precisando juntar-me de novo...
Dynamite - BB Brunes
domingo, 26 de maio de 2013
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