quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Marear...


Mecanismos. Em minha permanente relação comigo em minhas múltiplas dimensões, deparo-me com desafios - sentimentos, lembranças, ideias e emoções que correm, se agitam, fazem barulho em meu corp´alma, perturbam, desequilibram, desorientam, pois nos agarram e não nos deixam ir adiante, caminhar o caminho livre... Nestes momentos decisivos é preciso brincar de arte-pensamento e deslizar para outros deslugares mais chamegantes...

"Pare de pensar nisso!" e viro os olhos do interior pra uma janela que acabo de criar na hora para concentrar o estar sendo no ser... Não é que eu não possa pensar nisso ou em tudo, que eu esteja me privando de sentir, ou tentando fugir ou desviar ou... - eu sei, tenho consciência, está claro. Pronto. A partir daí, é apenas repetição... o pensamento em loop vicioso retomando pontos finais... E eu tenho mais o que fazer do que ficar dando voltas no mesmo lugar... Sendo assim, saio da roda, deixo o giro, largo o círculo, e vou pr´outro lado criar um novo... 

Mecanismos. Olho e minha mente antevê o real (ou o anti-real), imagina antes de ser, cria o que ainda não é... ou seja, julgadefinefechamata... "Pode ser que sim, pode ser que não", "Deve ser justo o oposto", "Ou sou eu que sou assim"... Sub´inverto a morte que impus ao outro para me reviver na abertura da possibilidade... Se acho que foi o outro, imagino que talvez tenha sido eu... se acho que o outro pode ser isso, imagino que ele pode ser qualquer outra coisa... e liberto-me na liberdade do outro...

Abrir. Sair. Entrar no que há fora... Deslimitar, desfronteiriçar, abririzar... Quebrando os vícios corpo-mente-espirituais, superamos ao menos aqui e agora a restrição que deixou de existir... E o vazio se tornou a infinita possibilidade de tudo ser... 

On the Sea - Beach House - uma música

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