Você me olha
com teus olhos-de-aforismas-que-alertam-que-te-olhar-nos-olhos-é-perigoso
Você pisca
lentamente, movimentando o ar com teus longos cílios paradigmáticos
Você balança
suavemente teus ombros-enigmas como uma quimera egípcia prestes a me devorar
Você ginga tua
cintura-axiomática que balança teu quadril-paradoxal que baila tuas
pernas-apote(r)óticas sobre teus pés-transcendentais
Você tem sobre
o corpo apenas um punhado de leis-sugestivas, morais-lascivas, vendas-proibidas,
cordas-abrasivas...
Você então
começa o ritual-problemático de lenta-letalmente despir-se de cada uma dessas
vestes-impossibilidades
Você primeiro
começa a tirar as tais leis-de-ceda que te enluvam as mãos, jogando-as para
longe, aos meus pés
Você me volta
teus ombros-caóticos e deixa cair as alças dessas morais-bojudas que te cobrem os
seios-existenciais, jogando para longe então o tal sutiã-teocrático
Você segura em
tuas mãos-notívagas estes peitos-místicos, dançando-os para mim
Você suavemente
então acaricia-questiona teu corpo-empírico, retirando afinal essas
vendas-tecidas-de-regras, revelando-me satoris e estalos de elevação de tesão-consciências
entre tuas pernas-libertárias
E das cordas-icógnitas
tu fazes arrastões-metáforas que esculpem essas pernas-utópicas que me cegam a
ignorância
E desnudam-me
a escuridão-iluminada
Você senta no
meu colo beijando ideias na minha boca, sedenta, enquanto teu bumbum-sinestésico
pressiona meu sexo-inspirado
Você me agarra
o corpo e sem piedade-socrática faz com que eu te metafísica...
Strip ao som de I Melt With You - Nouvelle Vague
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