sábado, 9 de julho de 2016

Despir...tô


Desperto agora. Recobro a sensação mais cotidiana das coisas. Você me causa esse efeito onírico. Bom demais pra ser, impossível, improvável, inviável, provavelmente mentira, provavelmente não. Logo te deixo, logo desperto, me toma essa pré-compreensão de que foi isso, um sonho, foi bom, acabou. Sempre que te deixo... foi intenso, foi inevitável, foi a última ve´Como poderia acontecer novamente? O mesmo raio no mesmo peito? Ou um novo desastre sobrenatural nesse campo aberto para acontecimentos absurdos? Reflito espelhos inquietos, reflexos involuntários, como o ato de pegar algo que cai... me seguro nessa queda... sinto-me aéreo, etéreo, ébrio... dá-me uma ânsia de dentes, marcas, garras... esforço-me para manter qualquer tênue controle dos desejos, (re)presas, prestes a partir... ir... (te) sentir... (te) em mim... Esse agora que partilho contigo... E esse depois que tudo desfaz em nuvem... em chuva... em ponto. Cada encontro um. Cada novo, de novo. E só. A sós.

Silver Cruiser - Röyksoop - tremo e danço

Nenhum comentário: