quinta-feira, 4 de junho de 2009

até a ponta do mundo...

Latitudes

Por línguas que mal-conheço

Quero viajar
Encontrar palavras invisíveis
Inventar flautas em praças verdes
Criar imagens inalcancáveis
Sem preocupação de mundo ou tudo

Passear pelo povo de sangue amigo
Por ruas que nunca vi
Pela primeira vez passar
Descobrindo esquinas de frutas
Sabores e novidades
Amigos, amigos
De um instante só
Mas que nunca
serão esquecidos.

Conhecer.
Vagar.
Andar.
Perambular.
Andar´ilha
a gigante ilha
o meu Continente
América
Latina
Cisplatina
Andina
Sulina
Nordestina
ou
simplesmente,
Latina.

Essa menina,
Essa mulher,
Essa Terra
de sangue e luz
de mil azuis
céus e mares
e de vermelhos acres
dores milhares
e uma sede imensa
de justiça intensa
verdadeira e plena.

Andar!
Reconhecer
os irmãos de todas as eras
em abraços, em esperas
as irmãs austrais,
caribenhas, centrais
que sorriem culturas
ancestrais.

Quero ir até a ponta do mundo,
Até o sul do horizonte,
Além dos picos gelados,
Através dos litorias pacíficos
Margendo os limites atlânticos
Por dentro dos portais amazônicos
Até as esferas tropicais.

Porque em meu sangue já existe
Tudo isso.
Das minhas veias precisa voltar
Para o universo que habita
Dentro e fora,
parte
e inteiro
do continente
latin´americano.

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