domingo, 26 de janeiro de 2014
Sentido
Palavras pra quê, quando os olhos tem tudo a dizer? Ver a luz do dia ir dormir, lentamente, deitado olhando para você, para a brancura do teto, para o azul clarinho da janela. Que pensar quando apenas deixa-se ir? Quando a intuição guia todos os gestos. Abandonando qualquer temor ou insegurança, o teu colo perfumado suspende o tempo e o faz dançar. Presença - envolve, acolhe, anima, cuida, alimenta. Gesto - escreve, tece, aquece, alegra. Jeito - flui, faz, encanta e desanuvia... Tão pouco, mas tanto... tão rápido, mas gostosamente demorado... viver o sopro morno do inesperado... viver a seiva pura do sentido...
Manhã - Nana - para deitar
Imagem: Juan Francisco Casas
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