quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

sussurros...

Tu me contas tua vida como quem se despe... sem medos, inseguranças ou desconfianças, ousas, destemes, alegra-se em fazer-me parte de ti a cada história, causo, memória, invenção submersa do inconsciente que desvela tu a cada instante de ser... Não importa o local, o horário ou dia da semana, nos perdemos nessas conversas inteiras, intensas, intrínsecas, caminhando por parques, deitando na grama, roçando na areia da praia ou debaixo da sombra de uma mangueira, derramados num banquinho, numa mesa de barzinho-bistrô gostoso e aconchegante, na tua cama, no chão, no tapete, na plena escuridão ou no amanhecer... Não importa o dia seguinte, o por-fazer, tudo a gente faz no meio dessa conversa boa demais... perto e até mesmo distante, entre mensagens, cartas, telepatias, ou sussurros, mordiscar de orelhas, beijos mornos ou ferventes, silêncios de universos nascendo, de estalar da flor, de burburinho de chuva, de respiração e coração batendo... Tu me contas, tu me chegas, tu me apertas bem junto, de corpo e alma...

Baila - Onda Vaga - bailando...

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