sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

embraçado


E o amor se comeu, fez em pedaços a paixão, derreteu num caldo grosso toda a energia explosiva, preparando esse líquido extremo, mas inofensivo. E derramou. Do ralo ao mar foi um ponto. Diluiu-se na imensidão imensurável azul anti-vermelho. Insignificou-se veemente. Misturou-se com diversos álcoois vicerais, produzindo aquele suave e insistente esquecimento. O número dois rebelou-se e sumiu de minha parca capacidade matemática. E sem ele, fica difícil passar de um. Atualmente a linguagem afirma um e/mais/com outr/a. A soma não oferece nenhum resultado... insistentemente a equação volta ao ponto inicial, ou ao final, vai saber. eu igual a tudo, igual a nada, igual a não importa, né. A cada dia o amor se desfaz como um desmaio, olhos contemplando, escuridão, brilhos multicoloridos, sons, vontades, gestos, mas não se pode ir, alcançar, ser, apenas uma tentativa antes de chegar ao chão...

Piledriver Waltz - Artic Monkeys - assim

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