domingo, 9 de fevereiro de 2014

navegando sem porto


Eu sou muito óbvio. Por mais que eu queira disfarçar. Por mais que eu me contenha, eu sempre acabo por me jogar. Não, nem me contenho. Conter-me exigiria uma energia que eu já estou gastando me jogando. E porque me conteria? Se o jogo é muito mais divertido, é muito mais graça, mais jeito, mais laço. mais encanto... E assim vou me despindo, difícil manter-se vestido de segredos... vou-me molhando... porque a secura não é para mim, ser líquido... vou-me caindo, com a chance de teus braços me envolverem ou o sonho ou o mar...

Mi Negrita - Devendra Banhart - balançando

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