domingo, 15 de julho de 2018

Automicrobio



Fase DesAstrada Cúspide Aquária

Era uma criança-adolescente solitária antisocial um pouco reprimida em certo conflito com a lei materna brincando de criar mundinhos idealizados com bloquinhos de plástico ou jogos de computador e aviõezinhos de papel e lápis hidrocor e conversas com o avô e caminhadas pela praia, indo dormir com muitos carinhos maternos, inspirada por Kalil Gibran e Neruda, viajando com o Super Nitendo e 64, se queimando com bolos de chocolates e partilhando um bocado com a tia e a vó e o avô e a mãe, curtindo muitos documentários do discovery num puff marrom

Fase Aquariana Cúspide Libriana

Era uma mocinha com sangue nozói porque o mundo é injusto, escroto, o capitalismo é uma merda, tinha muita raiva, violência aflorando tardiamente mas direcionada para as paredes, descobriu Malatesta, procurou pela Une, encontrou a Conlutas, criou o Blog Lobo Vermelho, tinha muitos conflitos com a lei materna, foi para o primeiro protesto de rua, participou da Missão, foi descoberta pela Viração, inventou o Grupo de Ação Solidária, pedalou bastante pela Bicicletada, se perdeu na Menina-Flor, se surpreendeu com a Conferência, começou a entender o que era a Renajoc, se libertou graças a Menina-Espinho, se enveredou pelo Jornalismo, mas o que valeu foi a Fotografia, criou demais com a Câmera Vermelha, miraculosamente passou no Concurso, teve muitas e muitas deprês por causa disso, criou o Blog Azul, encheu uma poupança

Fase Libriana Cúspide Sagitária

Foi uma jovem apaixonada pela Mulher-Touro, desfrutou muitos Pôr-do-Sois e Vagalumes entre seus infernos, desfrutou 7x o Amor tanto e mais, começou a aprender a cozinhar com sua Mestra nº1, foi para Pipa, Tabatinga, Curitiba, Porto Alegre, Buenos Aires, Baia Formosa, enfim realizou o sonho de percorrer a cidade com Catirina, viveu ainda mais a Viração, descobriu a Vila de Ponta Negra, inventou o Vir-a-Vila, praticou educomunicação nas trincheiras da vida, foi para Mairiporã, sofreu uma Quebra, imergiu ainda mais na Renajoc, chorou um tanto, sonhou um bocado mais, tentou ao máximo realizar e realizar-se, mas sentindo-se aprisionada

Fase Sagitária Cúspide Capricórnea

Conheceu e entregou-se à Mulher-Cariño, acabou jogangando-se também na liberdade, lançando-se no mar, abandonando o porto seguro e terrível de tédio e restrições, largou-se na estrada, foi para o Rio, Brasília, Vitória da Conquista, Campinas, Fortaleza, São Paulo, Porto Alegre, Belém, João Pessoa, Vale do Capão, Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Campo Grande, Vitória e outros lugares mais, afinal, viajou viajou viajou, mês sim, mês não, mês sim mês sim, tanto que cansou, que tomou abuso de aeroporto, de avião, de fazer mala, de desfazer mala, mas valeu demais, enfim saiu de casa, criou a Casa Chiapas, aprendeu demais, escreveu mil manifestos, aprendeu mais a cozinhar, fez alguns banquetes, nadou demais no mar ao pé do morro, conheceu o amor da sua vida, amou demais, fez algumas grandes merdas, chorou bastante, magoou pessoas que amou demais, mais uma grande crise existencial, abandonou tudo, mochilou por Minas, pediu carona, pegou muito sol, uma semana na casinha de barro e bambu e grama no teto e gente maravilhosa demais e cachoeira gelada de doer em Lima Duarte, dançou e foi feliz demais no carnaval de Beagá com a melhor companhia, na volta tinha um novo caminho a seguir na vida, Permaculturar, começou a fechar os ciclos, começaram-se a abrir novas portas, em Catu fez um pequeno doc durante seu primeiro encontro de permacultura, em Cascavel fez a maior merda que já fez na vida, mas na época não entendia e achou incrível, foi para o Enca, se emocionou demais com tanta beleza humana e Natural, Goiás, Alto Paraíso, Poço Branco, conheceu sua irmã-maior libriana-sagitariana, criou a Casa Caracol

Fase Capricórnea Cúspide Taurina

Mais uma peregrinação onde teve grandes estalos. São Paulo, Chapecó, Alpestre, muitos baldes e barro e dança e estrelas e leituras, carinhos e surpresas, Reserva do Ser, um dia em Floripa, inventou o Mandala, um ano louco de plantios, mandalas, folhas, garrafas PET, barricadas e trincheiras, lutas e muitas propagações de sementes de ideias e de vidas, viveu com o mínimo, descobriu que dava pra ser incrível, cultivou bastante, teve uma grande grandecíssima bad, morreu, nasceu de novo, novo nome, reconstruindo-se sempre, muitos aprendizados, muitos plantios, conflitos, transgressões, coragens, subidas e descidas, reconexões, encontrou a Casa do Lago, se apaixonou, reencontrou o amor de sua vida, teve momentos absurdamente lindos com ela, tentou realizar um sonho louco, renasceu a Casa Chiapas do Mato, nadou pelada no lago, viu pôr-do-sóis absurdos no morro da visão, um bocado de desastre, apesar dos tantos aprendizados, uma imensa quebra, a morte da Caracol, a morte da sua relação, o colapso de suas condições materiais, voltou pra cidade, perdida, desorientada, desamparada, triste, desacreditada de si, desamada, despossuída, em busca de se refazer 

Fase Taurina Cúspide Leão

Arranjou uns trampos pra juntar umas moedas, estancar a sangrias, uma peregrinação semanal, umas feiras orgânicas escolares, umas noites culinárias, inventou umas oficinas, fez novas amizades, começou a rebrotar algumas flores aqui e ali em si, fez muitas curas, alguns bons encontros, novas perspectivas de vida, tornar-se ainda mais educadora pela Natureza e pela Vida, novos projetos de sonho, desejos, estar junto, amar demais, viver junto, multiplicar vida e amor com Ela... 

Polo e Pan - Nanã

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