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Se amo, o que amo?
Será o amor uma seleção do que é bom,
Se este fenece diante da dificuldade?
Que é o amor, se não o for inteiramente,
Em todos os cantos, em todas as partículas?
É amor se não o é no Todo?
.
O que é amor?
É parcial?
É condicional?
É posse?
.
Se digo amar a natureza,
Diante do sol e da brisa,
Da sombra e da graça...
Por que fujo da chuva
Por que impeço-a de abraçar-me?
E o frio do inverno,
Evito com a coberta
A fim de esquecer-me
Que ele é?
.
A árvore não foge à chuva ou ao sol
Permanece pois não se pode fugir à realidade
E sua retidão é dinâmica, dançando em seus galhos
À vontade do vento
E deixando-se partir
Ao desejo do temporal
Que mantém e renova
Revigora e fortalece
.
Querer o agradável e negar o desagradável
É partir a Vida indivizível
É enganar-se, ilusão vã
da fraqueza que não aceita
O Ser enquanto ele é
.
Igual é vangloriar-se das fortalezas
Esquecendo-se ou escondendo as fraquezas
Impedindo-se assim da humildade
Imperiosa daquele que É
Pois o orgulho e a prepotência
São simples ilusões que afastam
O Ser
.
E se aceito o Ser como É
O que perco e o que ganho?
O que aprendo e o que sofro?
O que avanço ou retrocedo?
O quê?
.
Amar é
Ser
Amor
É
sexta-feira, 9 de julho de 2010
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3 comentários:
Resposta:
Amor é estar
no ser existencial da antítese.
Nunca é preto nem branco,
rosa ou azul.
Está claro, está escuro.
Nunca o é completamente,
mas está a procura
da outra parte que o complete.
Desenlacemos as mãos....
Beijos,
Ry.
Quem está a procura de quem o complete, nunca encontrará nem estará completo,
pois procura fora
o que está dentro.
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