segunda-feira, 21 de maio de 2012

Aiai



Não tem pra onde...
Vai com o vento...
Da perda nasce o tempo
Perdendo, nascemos...
A cada folha caída, descobrimos o firmamento
Olhar ao inverso é recriação do-ido
Essas migalhas de pão comido
De pássaros fugidos
De rios fluídos
De pesos despossuídos

A estação passou
Desabrocha a flor
Cheire, grogue...
Revire os-ói 
Tudo que é bom foi
Tudo que é melhor é
Assim, nós-dois
Sem depois
Vamolá
Cá-té tarde
Chega, vem
Dança que nem
Danada zen
Que ri sem
Motivo qualquer

Aiai, querida
Cócegas na memória
Cura da ferida
Transe na fornalha
Desta alma-carne viva
Dana no meu peito
Pulsação bendita
Sabe Jess que jeito
Ser tanto e sem medida
Porém, contudo
Equilíbrio - bebo
Guloso
Ditoso
Den-gozo

Uma música - You - Gold Panda

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