sexta-feira, 4 de maio de 2012

Desprendendo a vida...

Desmecanizando os mecanismos analíticos das sensações pós/neo-traumati(bi)zânticas...
São recursos intra-psíquicos anti-dolores comprovadamente válidos, mas eventualmente chatos, pois demasiado investigativos...
Prever o espírito meteoro-lógico das angústias cadentes, de modo a antecipar os erros e curá-los antes de existirem parece, sim, uma estratégia enxadrística conveniente, que, no entanto, pode ser dispensável nos tempos de ares livres, de modo a libertar os ventos frios até as regiões mais aquecidas do continente orgânico...
Demasiadas conjecturas contra-preocupantes, hipóteses micro-situacionais, desenvolvimento de cenários e movimentos altamente articulados por elaboradas definições psicanalíticas resulta em um plano de enlouquecimento precoce das eletrizantes sensações dérmicas e cerebrais, endorfínicas e energéticas, desestabilizando as possibilidades tranquilas de um passeio leve pela vida breve... 

Logo, hei de resetar o sistema operativo de observação multi-associativa relacional de lembranças e futuros, de modo a viver unicamente aqui, sem esperar nada, sem querer nada, apenas eu e tudo, nós e o mundo, o aqui e o agora, sem existir amanhãs nem ontens que elevem demasiadamente os níveis de desejo e percepção no tempo presente, como forma desregulada de evitar arrependimentos...

Sim, a totalidade se almeja, a ampla sensação se beija, a maior emoção emerge, a líquida razão prossegue, os ideias se quebram, pois só o nada é maleável o suficiente para cada instante que se cria.

A plenitudade não é a pura satisfação... é o libertar-se da insatisfação... respirar o ar, sentir a tez, ver o olhar, fazer o caminho caminhando... 

Uma música - Cena - Mallu Magalhães

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