domingo, 28 de abril de 2013

nada...


Para ganhar nada... aprenda...
Tudo que fizer, nada queira, apenas deixe...
Não queira o dia de amanhã, se ele vier, que enfeite...
Em tudo que for, se entregue...
Doe-se como um miserável
Se nada tem, nada pode guardar...
Esprema-se o sumo do corpo
Derrame-se no cume de ser pouco
Não poupe nada, grite rouco
Esqueça-se das roupas, pano roto
Perca-se dos outros, bicho louco
Caia dos ares, ave etéria
Dane-se muito, vil matéria...

As sobras de si não recolha que o vento
espalha ao relento...

Freely - Devendra Banhart - uma música

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