quarta-feira, 21 de maio de 2014

Oscilante...

"
- Cada pessoa precisa encontrar toda a capacidade de amar dentro de si mesma, sozinha; 
- Quem não tem o controle de todo o seu potencial de amor, quando encontra alguém apenas parasita o amor do outro;
- E isso não é amor...
- Não, é o contrário do amor.
- Assim, um parasita o amor do outro, para completar o amor que está lhe faltando para viver.
- Cada pessoa precisa encontrar toda a capacidade de viver em si mesma;
- Então, a vida está toda dentro de nós mesmos, sozinhos;
- Quem não tem o controle de todo o seu potencial de viver, quanto encontra alguém, parasita a vida do outro.
- E isso não é vida...
- Não, é o contrário da vida.
- Assim, um parasita a vida do outro, para completar a vida que está lhe faltando para morrer...
- Cada um precisa encontrar toda a capacidade de morrer dentro de si mesma, sozinha...
- Então, a morte está toda dentro de nós mesmos...
- Quem não tem o controle de todo o seu potencial de morrer, quando encontra alguém, parasita a morte do outro.
- E isso não é morte...
- Não, é o contrário da morte. E o contrário da morte não é vida.
"
Roberto Freire, no livro Coiote, página 107 e 108.

Amar, viver e morrer. Sozinho. Com o outro. Antes e depois. Durante. Agora. Comigo. Contigo. Sinto. Bipolarizando-me, balançando entre possibilidades, entre caminhos, entre limites, impossível para mim extremar-me, nem tanto à solidão, nem tanto à companhia. Em um conflito um tanto estranho, quero-me mais só, e ainda mais junto... Furtam-me as forças para chegar perto, mas não consigo isolar-me, chamo, vou em direção a, chego... Essa conformação ou confirmação ou compreensão mais cotidiana desse fenômeno louco dito autonomia faz-me sentir tão bem só... o que quero do outro? Como quero? Por que quero? Em dúvidas, oscilante, confuso, perdido, à deriva...

Imagem: Chico Ludermir

Um comentário:

Samis disse...

meu caro, acho q poucas pessoas encontram sua maneira de amar sozinhas...