sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ler a grama

Quando fico quieto a te olhar, com olhos de lago n´uma tarde sem brisa, com expressão de encanto mudo do mármore renascentista, com os sentidos sequiosos absorvendo todos os estímulos, admirado com todos os traços, os mínimos movimentos, expressões, manifestações de graça e doçura, formas e matizes do olhar, jeitos e charmes labiais de primavera, pureza e delicadeza da tez e do respirar... fico ali, derramado como folhas de outono, enquanto se arrumas para sair, para vir comigo, para estar assim, tão linda... absorto, bebendo desmedidamente o sentimento que me causas... sou um lago engrandecido pela água doce e terna do rio, rodeado e permeado do perfume do teu corpo, teus profundos segredos, tua sublime vivacidade... toda a natureza declarada nos nossos corações.

Às vezes estranhas minha expressão... minha forma de me perder em ti...
me deito no chão, apoiando meu rosto no teu ombro e te abraço a felicidade.

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