sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A(mo)r


Percebo que a maior confiança é se deixar levar de olhos fechados e mãos dadas contigo... Não olhar para lugar nenhum, sentir as fibras conectando-se entre nossos dedos, o calor que percorre a carne vívida louco para aquecer a pele unida, deleitando-se na cálida emoção do encontro. O equilíbro entre a carne e o espírito... duas correntes entrelaçadas no nosso caminho... os caminhos das mãos não nos enganam, as dualidades se completam e o desejo maior é não se separarem jamais... O ar que habita o espaço entre nós se autodenomina saudade. A energia que salta do meu corpo para o teu e vice-versa gosta de ser chamado magnetismo... Os meus olhos com os seus ritualizam o sonho e a sede que eu sinto (e tu também sentes) só se saceia com explosões milhares e diminutas em cada poro das nossas peles roçando em faíscas... Ar e Terra aquecidos até a perfeição do cristal... a transparência límpida das almas unas... que encantam os olhos alheios com uma verdade indecifrável para qualquer um além de nós mesmos... A última verdade da vida... e a primeira antes de tudo...

Um comentário:

Arthur Dantas disse...

Essencialmente romântico. Gostei de suas palavras.