sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Baú aberto
Amor, palavra nômade...
Que de boca em boca
de um dia pro outro
deixou tudo e mudou
Cambiou as paisagens e
adereços, o penteado e
o estilo, as direções e
línguas, muda até a
cor e o timbre...
De tempos em tempos muda.
Mas o que há além da
palavra? Que significado
ou produção de sentido?
Que apego ou desapego?
Que efemeridade e permanência
imemorial?
Acontece que hoje o amor
é mais... nunca menos
Não pode subtrair-se ou
deter-se, como a
água que segue seu
curso sem que obstáculo
possa detê-la, através do
tempo enfim...
Este amor ama tudo...
Ele é uma ação, não um
sujeito; é um caminho,
não um destino; um
início, nunca um fim...
Logo, este amor jamais
termina ou apaga. Ele
simplesmente muda, mas
para mais, inundando a
praia de sua umidade,
aprofundando-se nas
areias dos seres, alcançando
seus subterrâneos, nutrindo
suas raízes, emergindo
novamente em flor...
Amor nômade
Amor venal
Arterial
epidêrmico
estético
elétrico
mágico
múltiplo
Perguntando-se sempre
como amar mais...
E não se perdoando quando
se sente incapaz de fazê-lo...
Amor nômade
natural
simples
Que nunca deixa de amar
Ainda que na ausência.
08/07/12
01h20
Baú - Mombojó - mais uma música
Imagem: Jana Joana
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