quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Porta de vai-vêm...


Aprendi contigo, entre tanto, a sentir a lágrima e os olhos transbordarem... talvez por contato, por trauma, por costume ou inspiração, meus olhos umedecem mais, acordam e como para espreguiçar, choram... A emoção aprendeu a liguidificar, moderninha...

Aprendi a sentir, a me sentir mais, tanto, que desvendei mistérios (espinhosos) e minérios (tão duros e dolorosos) que pareciam imutáveis, invisíveis, como falsos reinos e míseros exércitos que atacam e defendem: o quê? Desarmei... e fui abandonando as fortalezas...

Tensionastes, tensionas, tensionavas... até o limiar da dor, da quebra. Me quebrastes e sinto-me então/ainda tão quebrado - esse estado de de´ser.

Hoje (agora? depois?) sou um poço de emoção... Quase que não penso, apenas sinto; ou quase que só penso sobre o que sinto, como sinto, porque, pra quê e pra onde sinto... Estou chegando ao ponto da nâusea de/ao sentir... dá nos nervos, dói nos nervos - do espírito...

Aprendi contigo a perceber e a chegar mais no outro... tanto, que 


desaprendi... 


Estou tentando de novo...

Aprendi a sonhar tão junto, tão perto, que o sonho se confundiu nos corpos de cada um... agora não sei que fazer... Sonhando de novo comigo é outra coisa.

Aprendi, afinal, num processo que está me matando (isso é mal?), a realidade violenta da autonomia... mas tem sido uma autonomia tão sem que ainda falta tanto ser preenchida de anatomia, fisiologia, sinestesia...

E não se pode esquecer que é preciso apenas um mínimo para fazer espuma e que a água que lava o corpo, também lava a mortalha.

Aprendendo, 
........dentro, 
........doendo, 
........desprendendo... 

Valsa pra lua - Vítor Araújo - essa música

Mariana Caldas: imagem

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