quinta-feira, 19 de abril de 2012

Aprendi

Ninguém é insubstituível
Não se pode depender de ninguém
Mas ninguém é igual
Logo, não se pode querer repetir...

É preciso ir, continuar

Voar. Se parar, pesa...

Aprender com a inevitável possibilidade do sim ou do não.

Não tomar nada como
......................................certo
Não acreditar em nada,
Apenas no todo...
em nenhuma parte...

Ilusão...
...........Alguém pode nos fazer mal?
...........Alguém, além de nós, pode nos fazer sofrer?

É o sofrimento algo de fora? Que nos aflinge?
É o sofrimento real?

O que é a paz, senão qualquer caminho
de seda ou de espinho
.............em que simplesmente
.............se está... simples.

Por que complicar?

Qual a diferença entre o criativo e o complicado?

E aquele entrelaçado, manta, rede, trama...
Inesplicavelmente complexo e belo...?

E aquela folha e suas mil veias? E aquela teia que a aranha tece todo dia e ao final, desfaz?

Por quê?

Diversão?

.........................Só importa a diversão?

Aprender a
brincar
a rir
a sorrir
se entregar
a cair, chorar e achar graça?

Rir de si, sempre
Do ridículo de si, do falso, do fraco, do pouco de si?
E dessa forma ser nada e ser tudo?

Destruir-se e quebrar na maré?

Ser apenas luz? Onda?
Partícula de carinho
de cuidado, de amor?

Não pensar no que se é...
Apenas sentir tudo, a dor, o aperto, o fruto
Molhar a boca com o gozo dela?
Derreter no chão em pura ausência?

Esquecer o eu e o tu... superar...

Desaparecer as nuvens e flutuar? Atravessar paredes?

A matéria some diante de mim, e como sou o nada,
nem sumir pode, apenas fluir...


Uma música - Ensaio sobre Ela - Cícero

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