domingo, 8 de abril de 2012
Imerso...
Os dedos foram escorregando, suados, os galhos, raízes, margens... as unhas deixaram de agarrar-se na areia, preta, argilosa, úmida... os braços exaustos cederam, desmancharam-se... As forças cessaram de resistir... E então... se soltou... caiu... flutuou... na correnteza gelada e firme, forte, veloz... Soltou-se... foi... desceu rumo ao mar... porque toda correnteza leva ao mar... toda veia leva ao coração... toda parte leva ao todo... E parou de se preocupar com o caminho... Simplesmente navegou... quase à deriva, mas com a clareza do caminho, a beleza do ondular, do caminhar, do seguir... Abraçado com a água se apaixonou pelo líquido, pelo fluxo, pelo vívido... apaixonou-se por tudo, por cada, em cada... respirou o ar molhado, sentiu a vida o levar... e foi...
Uma música - The Rip Tide - Beirut
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