Talvez haja mesmo alguma forma de imortalidade. Talvez não morra nunca, fique nessa torre redonda, fechado para sempre, esse vazio sem andares, apenas uma imensa escada espiral que leva a um terraço cinza sem horizonte. Não é o primeiro imortal... será o último? Quantas torres haverão em minha c´alma? Ele ficará então caminhando para lá e para cá em seu fragmento de castelo esquecido até por mim, mas lá, vivo. Lembrarei-me dele às vezes, quando algo o fizer cantar baixinho em meus ouvidos histórias que vivi (com você). E estará seguro de tudo, nada o poderá matar. Não sente fome nem sede, a única palavra que existe para ele é saudade. Trecho cristalizado de passado e solidão... não me importarei com ele, não preciso ter qualquer cuidado, ele é imortal e por isso, pode ser ignorado... ficará lá... com seu pequeno calor do que já passou, um calor insensível de recordação... Outros virão, se alojaram e morreram, derradeiramente, mas ele está vivo - e isso não importa.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
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Um comentário:
Só deixam de existir...
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