domingo, 18 de outubro de 2009

.Dueto Silencioso.

Eles mal se conheciam. Mesmo morando juntos há alguns meses, ele pouco sabia sobre a família dela ou seu passado, ela ignorava os tantos planos que ele tinha e suas obrigações do dia-a-dia. O rapaz não estava tão interessado ultimamente em conhecê-la demais, achava perigoso saber muitos detalhes sobre alguém. Ela andava tão concentrada em seus pequenos afazeres que pouco se lembrava de perguntá-lo particularidades. Se viam pouco, apesar de morarem juntos. Eram instantes ligeiros de dias esparsos. Nem mesmo todo dia. Ele às vezes precisava dormir longe, qualquer lugar distante, para acalmar e abrir as nuvens do pensamento e ela ia para festas que emendavam no dia seguinte ou simplesmente não dava notícia. Funcionava assim. Mas quando se viam, não se achavam desconhecidos, sentiam tantos e incontáveis estalar de sentimentos nos limites da pele e dos nervos que estarem juntos encontrava seu sentido. Acordou cedo, era uma sexta, mas não teria que trabalhar. A luz esparsa da janela invadiu levemente sua pupila que se contraiu, enquanto seu corpo espriguiçava-se. Notou que ela estava ao seu lado, virada para a borda da cama, com o lençol esparramado por seu corpo, as pernas descobertas, dobradas. O afeto que tinha por aquela menina correu por suas mãos até acariciar seu ombro. Beijou-lhe o rosto com delicadeza, para não acordá-la, passou os dedos por seus cabelos vermelho vivo. Então, lentamente, levantou-se, tocou os pés descalços no chão frio de concreto encerado e foi escovar os dentes. Pelo espelho a viu se levantar, chegar-lhe junto e abraçá-lo pelas costas, enlaçando seu corpo com um carinho que ele tanto gostava - Bom dia, amor - disse ela, com a naturalidade dos que expressam o que sentem, sem pensar. Ele respondeu com um sorriso e um beijo terno naqueles lábios rosados. Foram para a cozinha. O rapaz cortou duas laranjas em quatro pedaços cada, partiu uma melancia, lavou um cacho de uvas, bateu no liquidificador uma vitamina de uva. Ela fez torradas com queijo. Comeram tranquilamente, teriam a manhã livre. Deitaram-se nas almofadas da sala um pouco, ouvindo o canto dos passarinhos nas árvores ao redor da casa. Depois, ele levantou-se. - Deu-me uma vontade de pedalar, vamos? - ele a convidou - Nunca nessa vida! - Ele riu, pois sabia que ela não viria, à conhecia um pouquinho, afinal de contas. Colocou uma roupa leve, pegou a chave do cadeado da bicicleta, pôs a música para tocar e saiu pelo portão. Desceu a ladeira com alegria, sentindo a brisa fria no rosto, o sangue das pernas pulsando como máquina a vapor, incessantemente. Fazia curvas, subia calçadas, cruzava praças, chegou ao calçadão da praia, ouviu o som da maré trazida pela lua, do choque da água salina contra as rochas negras. Quando voltou, suado, aliviado da energia excedente, foi direto para o chuveiro. A água corrente purgando o cansaço, dando-lhe fôlego novo. Notou que ela não estava. Pegou uma maçã e foi na locadora pertinho da casa. Alugou vários filmes, alegres, tristes, românticos, tensos, para desfrutar por várias horas àquele fim de semana. Ela chegou no meio do primeiro filme. Não disse de onde vinha, ele também não perguntou, não se davam satisfações. Tinham um pacto silencioso de serem independentes. Sentou-se junto dele nas almofadas, ele sentiu aquele perfume encantador. Resumiu ligeiramente o início do filme. À noite, sentados à mesa da cozinha, só aquela lâmpada amarelada acesa na casa inteira, o silêncio arranhado apenas pelo som de alguma cigarra urbana, eles se olhavam. Faziam isso de vez em quando, observarem-se, tentando imaginar o que haveria por trás dos olhos um do outro. - Amor, como estamos? - Ele perguntou. - Não sei, éramos para estar como? - disse a menina. Ele continuou - Eu me sinto muito bem com a forma como estamos vivendo, livres, mas juntos, próximos, mas soltos. Conhecemos outras pessoas, passamos bons momentos com elas, temos excelentes momentos juntos. Há entre nós uma intimidade deliciosa mas que preserva nossas individualidades. É incrível. Mas agora há pouco tive uma idéia, estava pensando, ninguém consegue expressar exatamente como se sente, não é possível dizer em palavras, e traduzir sentimentos é distorcê-los, nossa linguagem é pífia diante do subjetivo. O que quero dizer é o seguinte, nunca precisamos dizer nada um ao outro quanto às nossas ações, sempre fizemos o que nos dava vontade. Quanto aos nossos sentimentos, como seria se tentássemos por um tempo expressá-los sem palavras, através de outras linguagens mais puras que brotassem de nós? - Ela não disse nada, sorriu. Ele também sorriu. Atravessou os dois metros e meio que os separavam, ajoelhou-se diante dela, segurou suas mãos e as beijou com carinho, fechou os olhos e deixou que os lábios sentissem o calor de sua pele e que a pele dela sentisse a maciez de seus lábios, depois beijou-lhe a boca, deixou que suas línguas conversassem outras idéias maiores que as palavras. O sangue aflorou à pele, ruborecendo-os, as respirações ofegaram, as mãos começaram a caminhar pelas roupas, tirando-as. Deitados nos tapetes felpudos da sala, transaram, sem palavras, apenas os sons escapados de excitação, as canções de prazer, as falas naturais dos corpos. Ele sentiu grande dificuldade apenas em uma coisa naquele silêncio, não poder dizer "eu te amo". Era-lhe um pequeno vício, ele adorava, dizia, dizia, dizia, e agora não podia fazê-lo. Olhava para ela, seus olhos brilhavam, também os dela, suas bocas beijavam suculentas todos os cantos dos corpos, dos pés às coxas, às sensibilidades, até os últimos centímetros do rosto. Mas ainda assim queria dizer a ela "eu te amo". Já sob a luz tênue do amanhecer, ainda acordados, escreveu com a ponta do dedo no ar, na barriga suave dela, na parede, em todos os lugares. Ela brigou com ele, fez que 'não' com o indicador. Nenhuma palavra, nem mesmo escrita. Ela gostara demais do jogo. Ele sentiu uma pequena contrariedade. Mas tudo bem, deitou-se nos seios queridos, ouvindo seu coração e deixou-se dormir. Manhã alta, acordou com um beijo sabor morango. Tinha feito um suco. Coloca outro filme para assistirem. No silêncio, eram forçados a se concentrar mais no filme ou então nos detalhes um do outro. Ele reparou como a pálpebra inferior do olho esquerdo dela às vezes tremia, pois ela fazia um pequeno esforço para enxergar as legendas. Ela notou que ele adquirira o hábito de apertar os lábios quando se concentrava e viu também que ele roía as unhas mais do que imaginava. Podiam falar, mas não um com o outro. Canções eram permitadas. "Medo, escorre entre os meus dedos, entre os meus dedos, eu lambo os dedos, saboreio meu próprio medo"... ela cantarolou. Ele não gostava da música original, mas a voz fina dela cantando lhe era tão bonita. Notaram as várias formas de expressão que as pessoas tinham. Pela música que se escolhia para ouvir se notava muitos sinais sobre os sentimentos, mas não se podia confiar demasiado significado à isso. Eram precisos outras coisas. Desenhos rabiscados nos cadernos de anotações deles também indicavam estados de espírito, filmes escolhidos para rever, comidas cujo desejo despertara, sedes sexuais mais ou menos afloradas. Claro que nenhum dos dois racionalizava todos esses sinais, apenas os sentia e sambavam de acordo com os sentimentos que emanavam um do outro. Podiam ter momentos em que não se dirigiam o olhar, outros em que se deixavam ficar abraçados a noite inteira, acariciando-se. Fora de casa, nos seus trabalhos ou na rua, óbvio que eles falavam. Tudo estava bem. Várias noites ele ia conversar com uma amiga, compartilhar o que acontecia, o que ele descobria, suas percepções. Já ela não comentara o jogo deles com ninguém. Pouco dizia daquele relacionamento para outras pessoas. Guardava para si ou escrevia em seus cadernos secretos, quase como um diário, mas onde também anotava poesias e historietas. Uma noite ele quis viajar, passar o fim de semana na praia. Queria que ela fosse junto, mas como dizê-la? Tentou por meio de gestos, mas estava difícil. Desenhou uma praia n´um papel e a moto dele com os dois viajando. Anotou a data do fim de semana, quebrou a regra e escreveu "viajar". Ela deu-lhe uma tapinha na mão por ter feito isso. O rapaz já estava ficando impaciente com a tamanha seriedade que ela estava tendo para com o jogo, chegou a pensar que fosse uma desculpa para não conversarem nem discutirem assuntos que pudessem incomodar. Talvez fosse algo bom, tornava a relação mais simples e afetiva, mas também podia ser algo ruim. Vendo o rosto chateado dele, ela enroscou-se em seu pescoço e deu-lhe vários beijinhos por toda a face, balançando a cabeça afirmativamente. A idéia era ficarem naquela pousada já bem conhecida dos dois por três dias, relaxando, nadando no mar, meditando, tendo manhãs, tardes e noites bem ardentes. Não saiam, até porque passar uma hora sentados n´uma mesa em um restaurante em silêncio é irritante para qualquer casal que exista. Melhor o silêncio desfrutado na intimidade da cama ou na paz da praia. Mas no silêncio dela, ela pensava muito sobre eles, sobre estarem juntos, sobre o que ela queria, o que estava fazendo, estava sentindo. Tinha o excelente pretexto do jogo para não dizer nada para ele, mas ela estava pensando bastante, por algum motivo estava triste, mas não sabia o quê. Mas sua postura permanecia muito semelhante, ele não chegara a notar nenhuma diferença, até porque o fato dela sair para caminhar na praia e ficar duas horas fora era algo comum no relacionamento deles, tanto da parte dele como dela. O amor deles era tão livre de restrições e preocupações que já estava cansando não se poder reclamar de absolutamente nada. Até mesmo se quisessem ver outras pessoas, podiam, mas sempre que estavam com outro alguém, sentiam falta um do outro. Ele mesmo já fazia algum tempo que não conhecia ninguém, via em todas o rosto dela e preferia o rosto real à ficar imaginando-a por ai. Na última tarde de viagem, de praia, de cama e brisa, estavam deitados, lençóis brancos bagunçados sobre a cama, ele estirado como que pesado, ela sentada ao lado dele, com um braço apoiando-se sobre ele. - Preciso te dizer uma coisa - O rapaz ficou surpreso em ouvir a voz dela depois de quase dois meses do jogo do silêncio. - Vou ficar longe por uns tempos. Não serão os um ou dois dias que às vezes sumimos, dormindo fora, coisa assim. Vou viajar para algum lugar, longe, nem mesmo sei para onde, mas vou. Quarta feira eu parto. Tenho algumas coisas para resolver, mas até lá estará tudo feito. Não sei, apenas estou precisando ficar longe. Eu te amo, amo sim, mas estou confusa, não estou entendendo bem alguns sentimentos, não sei. Espero que fique bem. - Ele a olhou perplexo, surpreso. Para ele aqueles dias de silêncio haviam aprofundado tanto o relacionamento deles, fazendo-os mais próximos, convivendo mais um com o outro, um afeto tão delirante que ele acabara precisando mais da presença dela e agora ouvi-la dizer que iria partir sem nem mesmo saber por quanto tempo o deixou chocado e desolado, como se em um instante algumas palavras fizessem desaparecer aquele paraíso silencioso e primordial que se instaurara entre eles. Não notara quando essa suposta confusão surgira nela, não entendia como podia ter acontecido. O que faltava? O que estava acontecendo? O quê? Olhava fixamente para o lençol, pensando, ou tentando pensar. Não a mirou por alguns minutos. Depois despencou e ficou olhando para o teto, a luz da manhã se esparramando pelo branco e refletindo no lustre. Ficou em silêncio. Não conseguia dizer nada, não havia o que dizer. Se ela queria ir embora, nada poderia fazer para impedir, nem tentaria, eram livres, ela era livre, se quisesse se ver livre dele, podia. Já ele, naquelas graciosas semanas, só queria se prender àquela menina, aproximar-se cada vez mais e ficar perto, bem perto, sentindo seu calor, sua pele, sua alma. Ver-se preso àquele olhar criativo, as mãos inquietas, o riso gostoso, a boca de amor. Ah, como mudara desde o início de seu jogo. Jamais imaginara tais resultados, maior apego, maior amor. Um bem-querer que o iluminava, energizava sua vida e acalentava seu coração. E agora, ela vinha lhe dizer que iria embora. Depois de alguns momentos, um surto repentino de orgulho mesclado com tristeza fez-lhe pronunciar suas primeiras palavras - Pois bem - E o tom de sua voz transpareceu até um certo desprezo, quase uma raiva. Mas logo se desvaneceu a hostilidade, caiu-lhe um peso e deitou-se com o rosto virado contra o travesseiro. Quis dormir. Ela passou sua mão por suas costas, acariciando-o com as unhas. Ele imaginava como seria perdê-la, não tê-la mais por tempo indeterminado. Era fácil passar um, dois, até três dias sem vê-la, fazer qualquer coisa, ocupar-se de seus interesses, mas, não saber quando voltaria pareceu-lhe cruel. Quarta feira, outro choque. Acordou e não a encontrou, viu que o armário estava mais vazio, as sandálias e vários objetos de uso dela não estavam, ela viajara sem se despedir. Na noite anterior, estiveram mais afastados, ele tentou abraçá-la mas sentiu como se não a alcançasse. Estava já longe, perdida, distraída. Nas primeiras horas da manhã a angústia explodiu em seu peito, incontrolável. Levantou-se nervoso, irritado, precisava colocar para fora o que quer que o asfixiasse, socou a parede com uma força que quase quebrou-lhe a mão. A dor o acalmou mais, deitou-se. Tentou relaxar, pensar, encontrar-se. - Tudo bem, ela foi embora. Será que volta? É bem possível que não, do jeito que ela é. Como pode?! O que houve?! - disse em voz alta, conversando consigo, a voz trêmula. - Put...que...rda! - Gritou. Depois fez um silêncio prolongando, quebrado pela resolução - Tudo bem! Foda-se. Não importa. Estou muito bem. Só não quero ficar mais nesse quarto ou nessa casa por uns tempos, cada maldito centímetro desse lugar está marcado dela e quero esquecê-la por uns tempos também! Foi embora, também me vou. - Foi ao trabalho e se demitiu. Tinha algumas economias que o sustentariam, gastaria pouco. De volta, agarrou suas duas mochilas e socou algumas peças de roupa, lençol, toalha, coisas necessárias para viagem, alguma coisa de cozinha e higiene, alguns livros, um caderno, lápis e borracha. Feitas as malas, que deviam estar o mais leves possíveis, arrumou-as no bagageiro da bicicleta, junto com sua barraca, o fogareiro e uma panela. Secar as pernas até não aguentar mais, era o que queria. Rumou para o norte, atravessou o arco de concreto gigante que cruzava o rio. Passaram-se algumas semanas, cartas se acumularam na porta da casa. Somente a vizinha do lado esquerdo, que ocasionalmente eles pagavam para lavar as roupas deles viu a partida dele e estranhou também o sumiço dela, que na ocasião, não acompanhava o rapaz. Dois meses e meio depois daquela quarta-feira, ela volta. Estava alegre, feliz, morta de saudades dele. Enviara algumas cartas, tranquilizando-o, não ligou porque... não sabia o porquê. Subiu as escadas que davam para o apartamento, terceiro andar, de frente para o pôr-do-sol. Do corredor do prédio se podia ver a admirável paisagem. Ela ficou feliz por ter esse cenário tão belo na sua chegada, queria pular nos braços dele, derrubá-lo no chão e dizê-lo "eu te amo, eu te amo, eu te amo" - Sabia que ele adorava ouvir, e logicamente que sentia bem forte no peito também! Mas quando pisou o último degrau e virou-se para sua porta, notou as plantas murchas penduradas na grade do corredor, as suas cartas e algumas contas empilhadas na porta, o estado de abandono. Pegou sua chave, entrou e notou tudo exatamente igual ao dia em que fora embora, no quarto viu as mesmas gavetas que ela abrira ainda abertas, os lençóis, a janela aberta com sinal de chuva no chão, como se não houvesse ninguém para fechá-la quando choveu, todos os objetos nos mesmos lugares. A única diferença era a ausência do livro de cabeceira dele, suas duas mochilas, roupas e um retrato dela que ficava no criado mudo. Assustada, correu para fora e bateu na porta da vizinha. Uma mulher baixinha, bastante acima do peso, de cabelos toscamente pintados de loiro abriu a porta. A senhora, ao vê-la, soltou um gritinho de susto. Depois ganhou uma expressão triste e surpreso ao mesmo tempo. - Onde ele está? Ele viajou? Você sabe quando volta? Aconteceu alguma coisa? - A menina ruiva agitava seus cabelos com suas perguntas energéticas. Não estava se sentindo bem. - Ele... viajou mais o menos na mesma época em que você também sumiu. Pegou a bicicleta e não disse para onde ia. Mas... ontem recebemos a notícia... ele... morreu. Foi atropelado, aparentemente quando voltava para cá, na altura da Praia de Maresia. O canalha que o atropelou não prestou socorro, fugiu. A polícia contou que ele provavelmente morreu por perda de sangue, estirado no chão, com uma perna quebrada, duas costelas e a clavícula. A família o enterrou ontem à tarde mesmo, no final da tarde. O céu estava tão vermelho que parecia que o sangue dele escorrera também para o céu. - A moça ouviu tudo em choque. Não podia acreditar no que estava ouvindo. Nunca perdera alguém querido, quanto mais aquela pessoa que amava, que precisava tanto ver depois da longa distância. Seus joelhos a abandonaram e deixaram-na despencar no chão, os olhos vertendo lágrimas como um açude em tempo de sangria. Não podia imaginar, não podia suportar, não podia pensar, não podia sentir aquele soco terrível que acertou-lhe o peito, abrira o punho e agarrara seu coração, apertando-o com tanta força que parecia que ele iria parar. Não podia... desmaiou. A última despedida havia sido de um silêncio de quem partia sem coragem de partir e por isso não quis dizer nada, apenas ir. A última despedida havia acontecido enquanto ele dormia exausto e triste e acordara vazio, sozinho. E a última e verdadeira despedida fora a dor terrível que ela sentia por perder aquele que partira por não aguentar perdê-la e que ficou suas últimas horas derramado no asfalto pensando apenas em encontrar com ela. O silêncio fez a vida e a morte, viu desabrochar o afeto sem medida, viu se afastarem, viu os caminhos se descruzarem e viu os dois sós... no silêncio.

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(Piano Duet - A Noiva Cadáver - uma música)

4 comentários:

Pequen(A)mar disse...

passei três a quatro dias escrevendo, um ou dois decidindo como desenvolver e como terminar...

eu disse que ficaria grande... :*

di disse...

ficou belíssimo.

Clara disse...

ok, eu li.
chorei duas vezes
e o aperto foi quase tão grande quanto o dela.

gostei, mas não gostei.

Fernandes disse...

Corajosos os que leram inteiro...

(talvez eu não saiba o que dizer)