Os ventos passarão, as janelas passarinho
Olhando naquele espelho fantasmagórico do passado
Posso lembrar quando de tudo que havia eu me afastava
De tudo, de tudo... naquele mês de meio de ano, ou naquele lá no final
Os afazeres se iam e com eles ia-se tudo...
Nenhuma voz eu ouvia, nenhum telefonema,
nenhuma notícia, nada... eu, eu mesmo e a varanda e o céu
Eu era uma criança que brincava consigo...
E a piscina lá em baixo tinha barulho de outras crianças
(que nunca conheci)
Não havia papel de carta, eram aviões para longe, que rodopiavam e caiam
E passei por tudo construindo mundos com mil cores e fundos de histórias
Voando em aviões dobrados para irem para longe...
E vez por outra eu olhava no espelho
Algumas lágrimas pelas ausências ou pelos traumas
Dos quais hoje tenho vagas lembranças e alguns resquícios...
Na chegada, recebia todas as novas,
Para onde todos tinham ido, entre eles, amigos...
Eu ouvia e queria ir, mas não fui...
Passaram... passaram...
E depois eu que passei...
E eles ficaram... pra trás...
Sem passado, sem nada, sem memórias...
Recordar é esquecer...
E qual, então, será o segredo?
(pra mim, ao menos...)
Como, como, como?
Se a época de raízes se foi
Com a terra exposta ao sol e ao vento?
Anos de décadas eu caminhei...
Caminhei por ruas, caminhei por mim...
E praias e pôr-do-sóis e ondas e madrugadas
E poemas guardados em páginas viradas...
E o encontro da luz que ilumina...
E os raios percorrendo tudo...
E novos cantos... escuros...
A luz continua perfeita, sim
Mas há espaços despreparados...
É preciso preencher vales de lágrimas
Com novas imagens mágicas
Algo que se nunca foi...
Aquela forçosa independência precisando se concretizar
Ser real, ser algo mais... e não a simples resistência ao vazio...
Um turbilhão de aprendizados... haveria dependência?...
Estar para ser pleno e não dependente...
Como querer exigir? Por quê? Se sabia que existem outros jardins...
Sim, outras vozes, ela as tem... e é tão bom que seja assim...
Mas não serve pra mim...
Sou outro... é dela e só dela...
Algo errado? Jamais, claro e natural...
Demorei pra entender, mas agora entendo...
Quando for coexistir, que bom, quando não... bem...
E eu... então...?
Eu e eu...
Eu ela e eu...
Eu ela e elas...
Eu e eu...
E agora... eu... achei também...
Talvez, assim...
Mas como não perder?
Como não passar?
Se cheguei bem depois... se já há tantos?
E eu não estava antes... se não estive em tantos lugares...
Qual a resposta?... que laços?...
Carinho.
Não pude ser parte do passado...
Mas posso estar.
Estar.
Sempre...
Respirar...Sentir...Olhar...Abraçar...Conhecer...Estar.
Para onde?
Apenas aqui... ali... agora.
Não precisa ir... basta ficar.
Uma nova luz?... Uma nova cor?
Bem... diferente... ultravioleta... infravermelho...
Estar.
E o que É?
Não se divide, se expande.
Não diminui, pois é infinito.
Não se afasta, é Um.
Pra sempre.
Ela vai entender.
Por que ter medo?
Tudo acontece
Você sabe como.
Estamos caminhando...
Não vamos parar...
Voltar? Jamais.
Arrependimentos? Só dos não feitos...
Eu sou, você é.
Amar é tudo o que importa.
É preciso amor - em tudo.
É preciso, é preciso.
E as perguntas? Terão suas respostas...
De muitas formas... palavras não respondem tudo.
E as sementes brotam
Em todos os poros...
Não há porque duvidar...
Esteja comigo.
Não se vá.
Não se vão.
Não me vou.
Ficar enquanto o caminho vai
Estar.
Amar é tudo o que importa.
Posso lembrar quando de tudo que havia eu me afastava
De tudo, de tudo... naquele mês de meio de ano, ou naquele lá no final
Os afazeres se iam e com eles ia-se tudo...
Nenhuma voz eu ouvia, nenhum telefonema,
nenhuma notícia, nada... eu, eu mesmo e a varanda e o céu
Eu era uma criança que brincava consigo...
E a piscina lá em baixo tinha barulho de outras crianças
(que nunca conheci)
Não havia papel de carta, eram aviões para longe, que rodopiavam e caiam
E passei por tudo construindo mundos com mil cores e fundos de histórias
Voando em aviões dobrados para irem para longe...
E vez por outra eu olhava no espelho
Algumas lágrimas pelas ausências ou pelos traumas
Dos quais hoje tenho vagas lembranças e alguns resquícios...
Na chegada, recebia todas as novas,
Para onde todos tinham ido, entre eles, amigos...
Eu ouvia e queria ir, mas não fui...
Passaram... passaram...
E depois eu que passei...
E eles ficaram... pra trás...
Sem passado, sem nada, sem memórias...
Recordar é esquecer...
E qual, então, será o segredo?
(pra mim, ao menos...)
Como, como, como?
Se a época de raízes se foi
Com a terra exposta ao sol e ao vento?
Anos de décadas eu caminhei...
Caminhei por ruas, caminhei por mim...
E praias e pôr-do-sóis e ondas e madrugadas
E poemas guardados em páginas viradas...
E o encontro da luz que ilumina...
E os raios percorrendo tudo...
E novos cantos... escuros...
A luz continua perfeita, sim
Mas há espaços despreparados...
É preciso preencher vales de lágrimas
Com novas imagens mágicas
Algo que se nunca foi...
Aquela forçosa independência precisando se concretizar
Ser real, ser algo mais... e não a simples resistência ao vazio...
Um turbilhão de aprendizados... haveria dependência?...
Estar para ser pleno e não dependente...
Como querer exigir? Por quê? Se sabia que existem outros jardins...
Sim, outras vozes, ela as tem... e é tão bom que seja assim...
Mas não serve pra mim...
Sou outro... é dela e só dela...
Algo errado? Jamais, claro e natural...
Demorei pra entender, mas agora entendo...
Quando for coexistir, que bom, quando não... bem...
E eu... então...?
Eu e eu...
Eu ela e eu...
Eu ela e elas...
Eu e eu...
E agora... eu... achei também...
Talvez, assim...
Mas como não perder?
Como não passar?
Se cheguei bem depois... se já há tantos?
E eu não estava antes... se não estive em tantos lugares...
Qual a resposta?... que laços?...
Carinho.
Não pude ser parte do passado...
Mas posso estar.
Estar.
Sempre...
Respirar...Sentir...Olhar...Abraçar...Conhecer...Estar.
Para onde?
Apenas aqui... ali... agora.
Não precisa ir... basta ficar.
Uma nova luz?... Uma nova cor?
Bem... diferente... ultravioleta... infravermelho...
Estar.
E o que É?
Não se divide, se expande.
Não diminui, pois é infinito.
Não se afasta, é Um.
Pra sempre.
Ela vai entender.
Por que ter medo?
Tudo acontece
Você sabe como.
Estamos caminhando...
Não vamos parar...
Voltar? Jamais.
Arrependimentos? Só dos não feitos...
Eu sou, você é.
Amar é tudo o que importa.
É preciso amor - em tudo.
É preciso, é preciso.
E as perguntas? Terão suas respostas...
De muitas formas... palavras não respondem tudo.
E as sementes brotam
Em todos os poros...
Não há porque duvidar...
Esteja comigo.
Não se vá.
Não se vão.
Não me vou.
Ficar enquanto o caminho vai
Estar.
Amar é tudo o que importa.
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