domingo, 19 de julho de 2009

Deitado olhando o universo... de mim...

Um lago espelhando o céu

Acho que o cansaço em mim não seja o sono em falta
A prova contrária são as suaves noites passadas
É, talvez, um estado natural de espera em minha alma
Uma espera pela companhia acalmada...
E que hoje não sabe mais ser

Desaprendi a estar comigo,
Sempre buscando o outro...?
Não mais como antes,
Tardes e mais tardes eu e o vento...

Não sei, não sei... estou assim, sem respostas...
Mas há também menos perguntas, felizmente
Os quebramares se amaciaram em praias
E as borboletas se transformaram em flores
Nos campos verdes-cinza dos interiores
Nos pôr-do-sóis nublados e acolchoados...
Uma paz de saudade e sorriso.
.
Se não sei estar comigo, escrevo.
Ouço uma canção em equilíbrio comigo
Um canto de passarinho em meu assovio
Buscando uma sintonia com o bater dos minutos

A janela enquadrava um pequeno céu nublado ontem
E o seu colo estava tão repleto de presença
Eu esperava notícias com uma saudade imensa
Mas ainda assim estava bem, estava...

Ainda não ouvi a voz tão esperada
E escrevo os meus dias enquanto está calada
Mas tenho a certeza desta doçura em meus ouvidos
Breve me chegarão palavras feito aves...

Encontrei-me um tanto ao longo desses versos
Posso agora ter comigo as horas
Ler enquanto a noite está lá fora
Ser e estar junto ao universo.
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.
.
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(Adeus - Madredeus) - neste momento...

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