sexta-feira, 24 de julho de 2009

Areias... de ampulheta...


Estou cansado demais para escrever
Agosto se aproxima...
Uma voz triste ao telefone...
Uma vontade de dormir cedo
Uma sexta feira de sol quente
Olhos ardendo, "grande novidade"...
O canto baixinho da saudade

Não tenho nenhum segredo especial...
Nada que tenha escondido...
Se há, são sentimentos
Não traduzíveis...
E se escondo algo, escondo de mim mesmo
Logo, torna-se impossível contar...

Posso dizer-lhe, ao menos
Que lembro-me de um momento passado
De muitas ruínas e cinzas...
Algo no presente me lembra aqueles dias...
Seu cheiro ainda está em minha mão
Meus conceitos são como pedras
Que ante a intempérie
Viram areia
De uma praia qualquer...
De uma ampulheta...

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