terça-feira, 11 de agosto de 2009

Céu do meio


Lendo e relendo tudo, sei que vou assustá-la
Nesse momento só quero encontrá-la
Ler e ver nos olhos dela a tempestade castanha
que existe naquele coração que eu amo

Ela não sabe os redemoinhos que enroscam
minhas entranhas, estranhas, manhas
Aceleradamente, transformo-me
Ela não quer me acompanhar na mudança?
O que deseja, então...?
Sou uma cabana de madeira de demolição
Meu bosque é de gelo e outono e canção
Minha cor é frugal, viver é meu mal
Eu me apaixono no escuro
nos quadros do teu mundo
Eu me sinto no meio da rua
olhando para a lua nua
Só o que ama olha para ela
A noite (in)quieta, dorme ou desperta
Mas a beleza secreta é somente dela

E eu,
Eu sou a criatura lupina
Que no céu só se enternece
por esta lua menina.







"Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos..."

Nenhum comentário: