sábado, 22 de agosto de 2009

Med(s)onho


Como uma espuma expandindo no estômago,
Uma paralisia depressiva dos pensamentos
Uma crueldade aterradora interior
E as pessoas estão assim a (se) destruir...
E... foi só um relance, uma luz de pouco mais de uma centena de minutos
uma história... várias histórias... terror... miséria humana


Meu Deus

Como tudo está perdido, tudo, tudo...
estão todos desgraçados nesse poço sem saída

e as nossas imundices nos entopem as veias
e fechamos todas as portas para que ninguém veja
e exibimos na tevê as gritantes tolices
e deixamos morrer todas as próprias raízes
e observamos a destruição dos galhos e gargantas
e chamamos de normal as maiores crises
e queremos fugir das nossas fraquezas (idiotices)
e tentamos apagar o incêndio do desespero
jogando álcool e inceso nos buracos vazios
corroendo as camadas mais extensas da mucosa
apodrecendo cada gota do oceano imenso
matando um por um, em genocídio tão
em genocídio tão, em genocídio tão
qualquer palavra aqui será em vão
pandemônio, suicídio, destruição, infanticídio
violência... gra-tu-i-ta
.
.
e a humanidade desce assim para o abismo
escorregadio, poderia se dizer inevitável
e as unhas poderão tanto segurar-nos
como violentar-nos em ódio
e ódio e ódio
e ópio


Quantas milhões de (v)idas lá fora
rasgadas, sangrando, morrendo em vão
almas agonizantes, criaturas viciadas
nos seus sofrimentos que aprenderam a querer
e quantos bilhões de garrafas de refrigerante
saindo dos galpões para poderem beber
... de onde vem o preto deste gelado gole?
do sangue coagulado que você não vê
.
.
E o apocalipse seria fácil demais
E acreditar nele é uma saída fulgaz
e não acontecerá, porque é fácil demais
e teremos que terminar o que ousamos começar
morrermos todos, nascer novamente
e assim adiante nos gritos da mente
até a escuridão recuar pelo ralo
e ouvirmos o sentido que preenche o vácuo...
.
.
eu tenho medo
queria que pudéssemos sair
e só estar, juntos
sem medo
.
(requeim for a dream - música - Clint Mansell)
.
.
.
.
que casaco?

2 comentários:

Fernandes disse...

E eu sempre digo "Sonhos fazem mal!"
...

Ótimo você não lembrar do casaco, assim fico com ele e você nem vai sentir falta.

Pequen(A)mar disse...

eu só não gosto dos pesadelos, só isso