domingo, 6 de setembro de 2009

e essas cartas?


Quebramos os dois
Toranja

Era eu a convenceres-te de que gostas de mim
Tu a convenceres-te de que não é bem assim
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
Tu a argumentares os teus inevitáveis

Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar p´ra esconder a saudade,
E eu a esconder-me do que não se dizia.

Afinal,
Quebramos os dois, afinal...
Quebramos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar demais,
Sem querer extinguir o que já se sabia.

Eu fugia do toque como do cheiro
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na cor que trazias.

Afinal,
Quebramos os dois, afinal...
Quebramos os dois, afinal...
Quebramos os dois, afinal...
Quebramos os dois...

Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxares-me para um lado mais perto
Onde se contam histórias que nos atam
Ao silêncio dos lábios que nos mata.

Eras tu a ficar por não saberes partir
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías...

Não nos tocamos enquanto saías,
Não nos tocamos enquanto saímos,
Não nos tocamos e vamos fugindo
Porque quebramos como crianças

Afinal...

Quebramos os dois, afinal...
Quebramos os dois, afinal...
Quebramos os dois...

É quase pecado o que se deixa.
Quase pecado o que se ignora.
.
.
.
.
.
.
(Nada é literal, mas há muito...)
(Quebramos os dois - Toranja)

Um comentário:

Fernandes disse...

Essa música é...
(Parece até que é de sua autoria)