segunda-feira, 14 de setembro de 2009

tarde

Inquieto, não quer ficar nos céus de sua casa
Desperto, não quer tombar nos chãos de sua cama
Desalentado, não quer parar um instante sequer de tempo
Distanciado, não quer calar diante do silêncio...

Ela diz mas não responde quando eu digo
O que são palavras ante o infinito?
Acho... que são tintas que se apagam
Precisas me dizer ao ouvido...

E, para onde vão as palavras?
Onde elas descansam e se guardam?
O céu está lilás e eu não sei dela
Eu olho para longe e não sei...

Ela diz e eu não sei...
Pois se eu digo, sinto como se
não sentisses o que eu sinto
não estivéssemos aqui

Mas eu guardo
Sua voz no meu coração.
(e sua voz não mais pronunciou)

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