quarta-feira, 2 de setembro de 2009
qual é a cor do céu?
Ai, queria ler tudo que escreveste!
Tudo, tudo, tudo... suas primeiras palavras inseguras
com aquela mãozinha pequena e delicada que tinhas
nos seus primeiros anos (qual foi a primeira palavra?)
Tudo que escreveste a medida que descobrias a vida
Que sentias os arroubos da existência, as dores, os gritos
Ler as frases pueris da adolescência
Ler as revelações das suas poesias
Ler os segredos dos teus desejos
Ler os encontros do teu coração
Queria escondido (mas com tua permissão)
Dormir com teus cadernos, co´as folhas soltas
os rascunhos, os papéis rasgados
com todos os murmúrios do passado
simplesmente para te amar mais
E começar a te amar a cada linha
E sentir o amor dos fios elétricos
de passarinhos
Contraste, meu amor, contraste
Eu sei que cada palavra escrita
já não é mais quem a escreveu
que um ano no passado
é alguém que renasceu
e que a menina que era antes
não é a mesma que eu amo
Mas, ver os caminhos riscados
nos grafites esferográficos
Conta-me os detalhes
do teu sorriso e da tua lágrima
mostra-me quão difícil (e belo)
é ser exatamente quem você é
e por isso eu amo tanto, eu amo
e leio tudo e bebo
com a avidez de um desesperado
as marcas que deixas-te na madeira branca.
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