Quero escrever esta tua prosa. Parece-me a poesia tão vazia.
Outro dia estava pensando - quando o amor voltar a me encontrar, terei que dizer três primeiras coisas - primeiro - meu amor, devo prevenir-lhe que "o fim é inevitável". Não importa quão surreais sejam esses nossos minutos, mágicas nossas palavras, inexplicáveis e incontroláveis nossos sentimentos, extasiantes nossas sensações, maravilhosas as emoções, inquestionável o nosso amor, "O fim é inevitável". E certos disso, talvez possamos enganar a vida e metermos-nos nesses dias futuros que nos aguardam para mentir contra a verdade que diz que a felicidade é uma assassina e o amor a maior dor que existe. - segundo - Tudo que dissermos pode ser desmentido amanhã ou perder completamente o sentido e o que acreditas pode se desmanchar tão facilmente quanto uma pedra de açúcar. Moral e princípios não são tão importantes assim e viver também é algo superestimado. A degradação se encontra no subconsciente e (estou falando aleatoriamente). Não, não era essa a segunda coisa a dizer. Sim! A segunda coisa que direi será a seguinte pergunta - Queres mesmo me conhecer? Porque talvez o conhecimento mútuo gere um afastamento que antes parecia intangível e quanto mais formos nos conhecendo, mais estranhos pareceremos um para o outro. E mostrar-me para ti também me provocará um estranhamento comigo mesmo, pois descobrirei ainda outros traumas e pesadelos que antes estavam escondidos e nada do que fizer poderá ajudar. E a terceira será - vamos logo para um quarto e ter os segundos de prazer que nos forem possíveis e não voltarmos a nos ver, para que meses futuros não se arrastem em angústias e dúvidas que não se resolverão... aproveitemos agora enquanto nossa inocência um sobre o outro permite que os desejos sejam claros e vigorosos, despreocupados e cheios de paixão, pois o pior crime possível é matar a inocência e a minha morreu cedo demais. Posso acrescentar ainda que a frase que tanto repito - "tudo acontece da melhor maneira possível", por mais que tenha visto sua verdade tantas vezes, agora me soa enjoada e odiosa, verdadeira ofensa à imperiosa solidão. E ainda digo que muitas vezes pensei no fim que teremos e não sei por que espero. Realmente não sei. Já que não tenho esperanças de reviver nossas impossibilidades, já que não tenho esperanças de nada, nem mesmo de que me surpreendesses n´uma tarde de domingo dizendo que tinhas vindo me ver. O que significa esperar sem ter esperanças? E, pior, o que significa esperar e estar disposto a amar totalmente e tão incondicionalmente como desde o princípio? Estar tão plenamente disposto a dar todo o carinho e atenção que sempre desejou e que não espera mais de ninguém? O que significa isso? Estupidez?... Instinto? A vida? A morte?... Se estou morto, digo de antemão que minha vida seguinte será ainda pior, estarei mais ocupado com meu desejo em ser bom para o mundo e fazer alguma diferença e perderei mais e mais a possibilidade de pensar em uma só pessoa e me ocuparei de pensar na humanidade inteira e olharei para cada olhar com a pluralidade da multidão e serei tão sensível à dor das pessoas que o amor será simplesmente algo que sai de mim mas que não vem. Sim, se estiver morto... mas enquanto vivo, faço o contrário e penso tanto em você... também não sei como... penso de uma maneira abstrata... que não se pode sentir nem tocar... pensava esses dias que nosso amor de alguma forma se tornou platônico e que, que ironia, se tornou novamente impossível! Não é impossibilidade que queríamos? Conseguimos! E um escritor que adoro uma vez já tinha dito - cuidado com o que desejas, pois terás! Eu sigo meu caminho porque felizmente criei trilhos e infelizmente ainda não descarrilhei. Eu gostaria tanto de ouvir sua voz dizendo aquelas palavras que por muito tempo não pudemos dizer. Eu queria tanto. E não tenho expectativas de ouvi-las! Porque assim, não sentirei tristeza em não ouvi-las. Veja só, estou muito bom na arte de não ter expectativas. Se me perguntassem, nem mesmo as tenho de que amanheça. Porque assim poderia ficar feliz se não amanhecesse.
Outro dia estava pensando - quando o amor voltar a me encontrar, terei que dizer três primeiras coisas - primeiro - meu amor, devo prevenir-lhe que "o fim é inevitável". Não importa quão surreais sejam esses nossos minutos, mágicas nossas palavras, inexplicáveis e incontroláveis nossos sentimentos, extasiantes nossas sensações, maravilhosas as emoções, inquestionável o nosso amor, "O fim é inevitável". E certos disso, talvez possamos enganar a vida e metermos-nos nesses dias futuros que nos aguardam para mentir contra a verdade que diz que a felicidade é uma assassina e o amor a maior dor que existe. - segundo - Tudo que dissermos pode ser desmentido amanhã ou perder completamente o sentido e o que acreditas pode se desmanchar tão facilmente quanto uma pedra de açúcar. Moral e princípios não são tão importantes assim e viver também é algo superestimado. A degradação se encontra no subconsciente e (estou falando aleatoriamente). Não, não era essa a segunda coisa a dizer. Sim! A segunda coisa que direi será a seguinte pergunta - Queres mesmo me conhecer? Porque talvez o conhecimento mútuo gere um afastamento que antes parecia intangível e quanto mais formos nos conhecendo, mais estranhos pareceremos um para o outro. E mostrar-me para ti também me provocará um estranhamento comigo mesmo, pois descobrirei ainda outros traumas e pesadelos que antes estavam escondidos e nada do que fizer poderá ajudar. E a terceira será - vamos logo para um quarto e ter os segundos de prazer que nos forem possíveis e não voltarmos a nos ver, para que meses futuros não se arrastem em angústias e dúvidas que não se resolverão... aproveitemos agora enquanto nossa inocência um sobre o outro permite que os desejos sejam claros e vigorosos, despreocupados e cheios de paixão, pois o pior crime possível é matar a inocência e a minha morreu cedo demais. Posso acrescentar ainda que a frase que tanto repito - "tudo acontece da melhor maneira possível", por mais que tenha visto sua verdade tantas vezes, agora me soa enjoada e odiosa, verdadeira ofensa à imperiosa solidão. E ainda digo que muitas vezes pensei no fim que teremos e não sei por que espero. Realmente não sei. Já que não tenho esperanças de reviver nossas impossibilidades, já que não tenho esperanças de nada, nem mesmo de que me surpreendesses n´uma tarde de domingo dizendo que tinhas vindo me ver. O que significa esperar sem ter esperanças? E, pior, o que significa esperar e estar disposto a amar totalmente e tão incondicionalmente como desde o princípio? Estar tão plenamente disposto a dar todo o carinho e atenção que sempre desejou e que não espera mais de ninguém? O que significa isso? Estupidez?... Instinto? A vida? A morte?... Se estou morto, digo de antemão que minha vida seguinte será ainda pior, estarei mais ocupado com meu desejo em ser bom para o mundo e fazer alguma diferença e perderei mais e mais a possibilidade de pensar em uma só pessoa e me ocuparei de pensar na humanidade inteira e olharei para cada olhar com a pluralidade da multidão e serei tão sensível à dor das pessoas que o amor será simplesmente algo que sai de mim mas que não vem. Sim, se estiver morto... mas enquanto vivo, faço o contrário e penso tanto em você... também não sei como... penso de uma maneira abstrata... que não se pode sentir nem tocar... pensava esses dias que nosso amor de alguma forma se tornou platônico e que, que ironia, se tornou novamente impossível! Não é impossibilidade que queríamos? Conseguimos! E um escritor que adoro uma vez já tinha dito - cuidado com o que desejas, pois terás! Eu sigo meu caminho porque felizmente criei trilhos e infelizmente ainda não descarrilhei. Eu gostaria tanto de ouvir sua voz dizendo aquelas palavras que por muito tempo não pudemos dizer. Eu queria tanto. E não tenho expectativas de ouvi-las! Porque assim, não sentirei tristeza em não ouvi-las. Veja só, estou muito bom na arte de não ter expectativas. Se me perguntassem, nem mesmo as tenho de que amanheça. Porque assim poderia ficar feliz se não amanhecesse.
E há grande perigo em simplesmente escrever o que está escondido dentro de nós em prosa, porque a prosa não tem o dom de disfarçar que a poesia tem.
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(If you want me - uma música)
2 comentários:
"a prosa não tem o dom de disfarçar que a poesia tem"
É,..
(escrevi e publiquei ontem a noite)
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